Se você é gerente e tem uma equipe para cuidar, não deve ter sido fácil acompanhar as mudanças no local de trabalho dos últimos 18 meses.
Durante grande parte da pandemia, soluções de trabalho emergenciais e de curto prazo foram recebidas com um nível de perdão e compreensão. Mas agora que o trabalho remoto está se tornando a regra, as margens de erro dos líderes empresariais diminuíram, especialmente quando se trata de criar as configurações de trabalho certas para os funcionários.
Como as pequenas empresas transformam o trabalho remoto de uma estratégia de sobrevivência de resposta à pandemia em uma vantagem competitiva que vai fazer com que prosperem no futuro? O Dropbox se propôs a responder a questão no relatório Choice Economy, uma pesquisa com mais de 2.000 líderes e funcionários de pequenas empresas em oito países. O objetivo foi ver como 18 meses de flexibilidade mudaram fundamentalmente as atitudes dos funcionários em relação a como, onde e quando eles trabalham. Descobrimos que quase dois terços das empresas fizeram melhorias notáveis ou significativas em sua estrutura, ferramentas e práticas de negócios para habilitar a colaboração durante a pandemia. Foi um ótimo começo.
Mas, embora tenha sido comprovado que novas tecnologias ajudam as equipes a trabalhar remotamente, como manter o mesmo nível de flexibilidade agora que as pessoas estão começando a voltar a trabalhar no escritório?
Afinal, construir equipes de alto desempenho, onde quer que estejam no mundo, é a prioridade número um para qualquer empresa que queira sobreviver nos próximos anos. Assim, com o embasamento da pesquisa, conseguimos insights de figuras importantes no campo do trabalho remoto para descobrir como proporcionar isso. Confira quatro dicas que podem ajudar você a criar um ambiente de trabalho flexível.
1. Pergunte aos funcionários o que eles querem
Embora a necessidade de facilitar o trabalho remoto fosse total e imediata, agora que a poeira baixou e todos se ajustaram, é preciso entender o que as equipes realmente querem. Para isso você precisa dar a elas escolha, em vez de soluções gerais ou formas de trabalhar.
Os funcionários são realmente muito bons em decidir qual ambiente é melhor dado o momento. "Talvez prefiram trabalhar em casa para ter foco ou no escritório para sessões de brainstorming e colaboração, mas podem tomar essa decisão de forma independente. E, se você permitir que assim façam, o resultado será uma produtividade melhorada", afirma Kate Lister, presidente da Global Workplace Analytics.
Portanto, a resposta é não tomar decisões precipitadas em nome dos funcionários, mas simplesmente perguntar a eles e fazer o que os funcionários realmente querem, mesmo que isso surpreenda você. "Em uma pesquisa recente, perguntamos aos funcionários: quando você voltar ao escritório, vai optar por uma reunião virtual ou presencial quando a pessoa estiver no mesmo prédio, no mesmo campus que você? Cerca de 70% afirmaram preferir ter todas essas reuniões virtuais, mesmo que estejam no mesmo prédio", revela Kate.
2. Continue construindo cultura: mesmo quando separados
A pandemia efetivamente colocou muitos de nós em um estado de emergência de dois anos. A cultura, em muitos casos, ficou esquecida.
"[Nos últimos dois anos], ninguém teve acesso a essa "verdadeira" cultura do local de trabalho. A "verdadeira" cultura reside no quanto os líderes realmente se preocupam com o bem-estar dos funcionários”, afirma Britt Andreatta, Ph.D., CEO (presidente) da 7th Mind Inc.
Conforme o mundo se abre novamente, há novas oportunidades para trazer de volta todas as armadilhas da cultura de trabalho que muitos funcionários desfrutavam. Mas, como muitos de nós seguimos trabalhando de casa regularmente, precisamos garantir que essa cultura não seja totalmente baseada no escritório. Não há muito mistério, apenas requer um pouco mais de planejamento. Refletindo bem, café e bebidas informais depois do trabalho nunca foram atividades particularmente fáceis, flexíveis ou inclusivas para contar com a participação de muitos funcionários.
Qual é a alternativa?
Acertar na cultura não significa gastar muito dinheiro em ferramentas sofisticadas. Estamos todos familiarizados com videochamadas e é importante lembrar que elas podem ser usadas para além do trabalho. As empresas podem manter viva a tradicional pausa para o cafezinho, incentivando os funcionários remotos a agendar ligações com colegas e amigos do trabalho durante o horário comercial apenas para bater um papo.
Dito isto, a cultura vai além de café e cerveja. Precisamos combinar a diversão e os jogos com elementos mais pessoais da cultura que muitos realmente valorizaram durante a pandemia. Essa direção começa de cima, afirma Britt: "Os gerentes fazem a experiência da cultura do local de trabalho para 90% dos trabalhadores. E, no entanto, grande parte das empresas nunca investiu realmente no treinamento de gerentes."
O treinamento da gerência é muito importante porque, no final das contas, muito da cultura é apenas o acerto do básico: é fácil pedir ajuda? Conseguir uma folga? Discutir problemas correntes? E assim por diante. As empresas que almejam sucesso no mundo do trabalho flexível precisam acertar os dois lados da moeda.
3. Compartilhe as ferramentas de colaboração certas
Dois aspectos fundamentais para qualquer projeto, fluxo de trabalho ou negócio: comunicação e colaboração. Tentar ter um sem o outro é a receita certa para que tudo desmorone.
Nossa pesquisa deixa isso muito claro: mais de um terço das empresas (36%) viam a falta das ferramentas de colaboração corretas como uma barreira significativa para o trabalho remoto e 48% disseram que a falha na colaboração teve um impacto negativo na produtividade dos funcionários. 87% das empresas também concordaram que melhorar a colaboração da equipe é fundamental para o futuro da organização.
As empresas têm claro que encontrar uma plataforma que reúna as equipes de maneira simples, que permita integrar as ferramentas que já usam em outros lugares e que, fundamentalmente, simplifique o gerenciamento de projetos é imperativo. Não se trata de simplesmente fazer um arranjo superficial. As empresas precisam usar a tecnologia para fazer mudanças significativas e duradouras nos processos do local de trabalho para realmente conseguir aproveitar ao máximo.
"Há muito compartilhamento de informações em reuniões que poderia ocorrer com o uso de ferramentas assíncronas. Realmente só precisamos mudar a forma como definimos o trabalho, como ele é medido, como é feito e onde é feito", conclui Britt.
O Dropbox é um exemplo. Oferecemos um conjunto completo de ferramentas que proporcionam colaboração perfeita, gerenciamento de projetos fácil, compartilhamento e sincronização de informações sem barreiras e muito mais.
4. Inovar, inovar, inovar
Finalmente, é importante não ver a inovação como um processo separado. Seja lá o que você fizer para criar um ambiente de trabalho flexível, jamais deixe de melhorá-lo.
O que isso significa é simples: para além de garantir feedback regular, audite seus processos de negócios com frequência e, em caso de dúvida, contrate um profissional externo para isso. Se você investir em novas tecnologias, trabalhe com os fornecedores escolhidos para maximizar o investimento feito e configure uma equipe multifuncional para supervisionar a implementação e o uso mais amplo em toda a empresa.
Por fim, garanta que todas as partes interessadas estejam incluídas em todas as etapas da jornada. A liderança sênior desempenha um papel fundamental na condução da mudança nos negócios, mas a adoção entre todos os funcionários da empresa também é essencial. Se você não consegue fazer com que os trabalhadores valorizem as ferramentas e os processos que está dando a eles, ou caso não os tenha consultado sobre como e se usariam essas ferramentas, provavelmente elas serão deixadas na prateleira, e é muito improvável que uma estratégia de trabalho flexível tenha sucesso.